Os Estados Unidos da América têm desde há muito tempo consagrado o direito à liberdade religiosa. A Constituição sugere que o 'Congresso não poderá promulgar qualquer lei acerca do estabelecimento de religião ou proibindo o exercício da mesma'. Não apenas, mas também por essa razão, proliferam pelo país centenas de cultos e formas de religião. Agora, parece levantar-se a voz de uma religião que consta, essencialmente, em não ter religião.
Um grupo chamado 'Freedom From Religion' (Livre de Religião), colocou um cartaz num edifício do estado, mesmo ao lado de uma representação na Natividade. O placard, continha a seguinte inscrição:
'Nesta época do solstício de Inverno, que a razão possa prevalecer. Não existem deuses, diabos, anjos, céu ou inferno. Apenas existe o nosso mundo natural. A religião é somente um mito e superstição que endurece os corações e escraviza as mentes'.
O cartaz permaneceu no lugar onde foi colocado apenas durante um hora. Sendo um local público, facilmente foi notado e comunciado entre todos os que o viam. Alguém o retirou, num claro acto de censura. Mais tarde, foi encontrado abandonado numa lixeira.
A liberdade, é um bem inestimável, consagrado desde que existe tempo e memória. O próprio cristianismo o reconhece; não houvesse liberdade, e o homem não poderia ter tomado a decisão de desobedecer ao seu Criador.
Ao longo dos séculos, milhares de homens e mulheres pagaram com as próprias vidas o exercício de uma fé para a qual tinha sido negado esse direito fundamental. Nos dias de hoje, ainda que haja muitos lugares no mundo onde este ainda é um direito não reconhecido, são os Estados Unidos da América o maior baluarte da defesa da liberdade religiosa, consagrada, como vimos atrás, na Constituição dessa grande nação.
Por isso, qualquer indivíduo, de qualquer crença, tem o direito de exercer a sua religião, desde que isso não signifique a intromissão na capacidade de consciência de seus concidadãos.
O grupo 'Freedom From Religion' deve ter todo o direito de exercer as suas crenças e até mesmo de as levar até aos outros - ou seja, aquilo que no cristianismo se chama de evangelização.
Este é um espaço cristão, e partindo desse princípio é que todas as análises e comentários são feitos. Por isso, o ponto que quero destacar é o facto de que ainda há bem poucos anos os ateístas se limitavam a ignorar, passar ao lado, usar de indiferença em relação a tudo quanto fosse religião; mas agora, o que aparece são iniciativas de transmissão da sua mensagem, contrariando e tentando destruir qualquer forma de cultura religiosa.
Esta é uma táctica muito bem elaborada. Haja Deus e diabo, em algum momento da vida seremos confrontados com a escolha entre um e outro; não havendo Deus nem diabo, não há a necessidade de ocupar a mente com assuntos espirituais, nem de tomar decisões que tenham impacto eterno. Logo, escapa dos sentidos e da consciência a noção de tudo o quanto diga respeito à Palavra de Deus e suas mensagens. Assim, se apaga do povo a imagem de Deus - simplesmente, Ele não existe...
Todos têm o direito de expressar a sua religião e crenças; e todos têm o direito de continuar a acreditar no Deus que nos criou, salvou e um dia nos dará a vida eterna. É uma questão de escolha.